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sábado, 19 de março de 2011

Desfile de moda na escola.

Quem lembra do quichute, camiseta branca e  a calça jeans?
Pois é! Não dá pra sentir tanta saudade, afinal não era tão bonitinho quanto as sapatilhas rosadas, amareladas, esverdeadas, alaranjadas e todas as outras cores que fazem parte do "uniforme" atual. A calça jeans na sua maioria, um azul tão forte que desbotava  na lavagem. Ah! E a camiseta branca de algodão, que por mais branquinha que estivesse parecia algo desgastada e  alargada nas golas.
Lembraram?Se você é um leitor que nunca passou por essa experiência, posso garantir que se compararmos o fardamento escolar da década de 60,70 e 80 com os fardamentos atuais poderemos dizer que a escola atual sedia  um grande desfile de moda que, variam dos modelitos mais simples aos mais fashion.
O fardamento escolar é importante para a identificação do aluno, para a segurança, para agregá-los, ou seja, despertar neles o sentimento de pertencer a um grupo e evita que os alunos sejam separados por grupos econômicos, prevenindo situações problemáticas, como por exemplo: voltar pra casa por não estarem vestidos adequadamente.
A falta de padronização do fardamento escolar pode causar grandes transtornos aos alunos e educadores numa sala de aula, e ocasionar problemas que vão desde a inquietação até a separação desses alunos. As crianças que aparecem na escola com sapatilhas da moda, sapatos de super-heróis, roupas coloridas e inadequadas ao uso dentro da escola acabam se esquecendo das suas atividades escolares e passa a fazer comparações, indagações desnecessárias constrangendo umas as outras. Para exemplificar farei um breve relato de uma situação que ocorreu em sala de aula por conta da falta de fardamento padronizado.

Certo dia, uma aluna apareceu calçada com uma sapatilha da Barbie Ao chegar, a aluna, conseguiu atenção de todas as outras alunas. Começou então, uma disputa acirrada entre elas. Continuei observando a situação e saiam comentários como:”Eu tenho uma mais nova que essa.” A minha é melhor,vem com a passadeira e a bolsinha”.Duas alunas olhavam a disputa sem se intrometerem, até que, uma das alunas que faziam parte do grupo da disputa  disse a uma delas:”Você fica aí porque só tem esse tênis feio”.”Por que você não pede a sua mãe comprar pra você uma sandália que bem com a bolsinha?

A aluna do suposto “tênis feio” disse que não ligava e baixou a cabeça.
Como educadores, sabemos um pouco da vida de cada aluno. Percebendo que os pais dessa aluna proporcionavam para ela, o básico, por falta de condições financeiras, intervi na situação, e após o recreio tivemos uma aula sobre, consumo e respeito ao outro. Essa situação ocorreu no recreio, porém muitas vezes acabam sendo o assunto principal na hora da aula interferindo na aprendizagem.
Sendo assim, penso que precisamos uniformizar nossos alunos, nos conscientizar da importância do uso do uniforme, assim estaremos minimizando situações de violência e preconceito dentro das nossas escolas.
Não esqueçam que, é muito mais econômico manter os  filhos uniformizados.

sexta-feira, 18 de março de 2011

Só a escola pública tem espaço físico deficiente????



       O ano letivo iniciou. Temos dois sistemas de ensino: público e particular. O primeiro atualmente é visto como uma instituição desacreditada. O segundo é um meio que famílias de um poder aquisitivo maior encontram para suprir as necessidades que as escolas públicas não suprem.
         Buscando, a melhoria de ensino para nossos filhos, muitas vezes, esquecemos, que não basta custear uma escola para eles. É necessário ter uma visão de educação muito maior que aquela que estamos acostumados a ter.
A educação vai muito além de projetos, festinhas, passeios e outros eventos que as escolas costumam apresentar para os pais no seu calendário anual. Não estou afirmando que todos esses eventos não sejam importantes para o desenvolvimento da criança , ao contrário, é por meio deles, que as crianças se socializam e aprendem.
        Porém, o que chamo a atenção é que, esses eventos não sejam fatores determinantes na hora de escolher a instituição de ensino que seu filho irá estudar. Infelizmente, nós somos induzidos e conduzidos a valorizarmos o novo, mesmo sem conhecimentos dele, nos esquecemos dos fatores básicos para que ocorra o aprendizado. Os fatores básicos para uma boa aprendizagem são: gestão participativa, educadores capacitados, programação curricular adequada e uma boa estrutura escolar.
        Todos merecem atenção, mas devido a algumas observações feitas por mim o fator: “Estrutura Escolar” que diz respeito ao ambiente físico da escola merece, no momento, atenção especial.
         Atualmente, percebo que há uma grande ploriferação de pequenas escolas que atuam com a Pré-Escola e o Ensino Fundamental I(1º ao 5º ano).
Segundo o relatório da Organização das Nações Unidas para Educação, Ciência e Cultura, Unesco, o Brasil é o quinto país com maior índice de matrículas em escolas particulares, depois da Holanda, Botsuana, Coréia do Sul e Chile. As matrículas brasileiras se dão principalmente nos níveis primário e secundário.
Algumas pessoas vêm à escola apenas como um meio de ganhar dinheiro, deixando para trás todos os fatores importantes para uma boa aprendizagem.
          Alguns importantes fatos  me chamaram a atenção. Em algumas escolas bebedouros falsos ( garrafões de água mineral enchidos com água da torneira),banheiros sem sabonetes ou papel higiênico, iluminação inadequada, parques enferrujados,paredes com serias infiltrações entre outros.
 Segundo Piaget (apud KRAMER, 2000, p.29) “o desenvolvimento resulta de combinações entre que o organismo traz e as circunstâncias oferecidas pelo meio”.
Dessa forma, precisamos estar atentos, às escolas que nossos filhos estudam. Uma escola deficiente causa na criança insatisfações e, porque não, problemas de saúde. Considerando, que o homem é um ser em permanente relação com o meio e as coisas que o cercam. Esses problemas podem repercutir no seu aprendizado.
Enfim, nós pais, temos a obrigação de antes e depois de matricular os nossos filhos, sejam em escolas públicas ou principalmente nas escolas particulares ( vez que , colocamos nossos filhos em escola particulares para que ele usufrua dos fatores básicos necessários ao seu aprendizado) assegurar as condições básicas da estrutura que os filhos irão estudar.




       

Pais participativos, melhores resultados.


           Em meio a uma rotina cansativa de trabalho, muitas vezes, os pais, deixam de participarem ativamente da vida escolar dos seus filhos. Esquecem de indagar sobre sua vivência escolar, seja com seus colegas, professores ou funcionários da escola. Progredindo para a falta de interesse de saber como está o aprendizado deles.
 Como educadora, analiso essa situação com muita preocupação e tristeza. Nós educadoras estamos na maioria das vezes sozinhas tentando dar conta e prestar contas  desde os princípios básicos que devem ser adquiridos na família até ao aprendizado.Talvez, alguém diga que, a aprendizagem diz respeito apenas ao educador.Grande erro!          
  É dentro do contexto familiar e social que a aprendizagem da criança ganha sentido, ainda que, apodere-se dos conteúdos de forma individual. Acredito que o ambiente familiar contribui significativamente para o bom rendimento da criança, embora não seja fator único e determinante para o seu bom desempenho, vez que, a aprendizagem e o seu sucesso não dependem unicamente de um único fator.
Permito-me afirmar que, as crianças sofrem com a falta de interesse dos pais. Geralmente, elas vêem a figura deles como aqueles que só exigem, sem se importarem com as suas dificuldades. Nós educadores, ficamos cada dia mais impotentes diante das dificuldades tais como: problemas na aprendizagem, problemas de socialização, indisciplina, violência e até problemas afetivos. 
Quando os pais são chamados para ficar ciente dos problemas geralmente, não aparecem ou quando aparecem é com queixas infundadas como se o único culpado fosse apenas o professor ou o aluno. ”Ele não aprende porque não quer” essa é uma das frases mais ouvidas por mim, educadora, nas inúmeras escolas que lecionei.
Há situações que existe falta de interesse dos alunos, mas com certeza essa falta é ligada a outros problemas que poderiam ser amenizados ou resolvidos se houvessem uma maior interação entre pais e educadores.
 É imprescindível que os pais possam fazer parte da vida escolar dos seus filhos para que eles sintam-se amados e fomentados a obter sucesso. Guarde minutos do seu dia para perguntar: como foi o dia dele na escola, o que ele aprendeu, conte histórias, peçam para que lhe contem histórias também. Valorize cada descoberta deles, por mais “boba” que pareça pra você.
Falta de tempo não pode ser desculpa. Precisamos administrar o tempo para que possamos juntos formar cidadãos afetivos, responsáveis, críticos e de bons valores.




      


Mudar a educação?





Educadores só,não conseguem!
Pais só,não conseguem!
Gestores e coordenadores só,não conseguem!
Governo só,não consegue!
Todos juntos,conseguiremos!
                    "Elisangela Matos"