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quarta-feira, 22 de junho de 2011

Texto Interessante para Reflexão.

(Dr. Carlos Hecktheuer, Médico Psiquiatra

MÃES MÁS,

“Um dia quando os meus filhos forem crescidos o suficiente para entender a lógica que motiva os pais e mães, eu hei de dizer-lhes:
- Eu amei-vos o suficiente para ter perguntado aonde vão, com quem vão e a que horas regressarão.
- Eu amei-vos o suficiente para não ter ficado em silêncio e fazer com que vocês soubessem que aquele novo amigo não era boa companhia.
- Eu amei-vos o suficiente para vos fazer pagar os rebuçados que tiraram do supermercado ou revistas do jornaleiro, e vos fazer dizer ao dono: “Nós tirámos isto ontem e queríamos pagar”.
- Eu amei-vos o suficiente para vos deixar ver além do amor que eu sentia por vocês, o desapontamento e também as lágrimas nos meus olhos.
- Eu amei-vos o suficiente para ter ficado em pé, junto de vocês, duas horas, enquanto limpavam o vosso quarto, tarefa que eu teria feito em 15 minutos.
- Eu amei-vos o suficiente para vos deixar assumir a responsabilidade das vossas acções, mesmo quando as penalidades eram tão duras que me partiam o coração.
Mais do que tudo, eu amei-vos o suficiente para vos dizer NÃO, quando eu sabia que vocês poderiam me odiar por isso (e em alguns momentos até odiaram).

Estas eram as mais difíceis batalhas de todas. Estou contente, venci... Porque no final vocês venceram também! E qualquer dia, quando os meus netos forem crescidos o suficiente para entender a lógica que motiva os pais e mães; quando eles lhes perguntarem se a sua mãe era má, os meus filhos vão lhes dizer:
“Sim, a nossa mãe era má. Era a mãe mais má do mundo...As outras crianças comiam doces no café e nós só tinhamos que comer cereais, ovos, torradas. As outras crianças bebiam refrigerante e comiam batatas fritas e sorvetes ao almoço e nós tinhamos que comer arroz, feijão, carne, legumes e frutas. Tinha que saber quem eram os nossos amigos e o que nós fazíamos com eles.
Insistia que lhe disséssemos com quem iamos sair, mesmo que demorássemos apenas uma hora ou menos. Ela insistia sempre connosco para que lhe disséssemos sempre a verdade e apenas a verdade.
E quando éramos adolescentes, ela conseguia até ler os nossos pensamentos. A nossa vida era mesmo chata!
Ela não deixava os nossos amigos tocarem a buzina para que saíssemos; tinham que subir, bater à porta, para ela os conhecer.
Enquanto todos podiam voltar tarde tarde da noite com 12 anos, tivemos que esperar pelos menos 16 para chegar um pouco mais tarde, e aquela chata levantava para saber se a festa foi boa (só para ver como estávamos ao voltar).
Por causa da nossa mãe, nós perdemos imensas experiências na adolescência.
- Nenhum de nós esteve envolvido com drogas, em roubo, em actos de vandalismo, em violação de propriedade, nem fomos presos por nenhum crime.

FOI TUDO POR CAUSA DELA!”

Agora que já somos adultos, honestos e educados, estamos a fazer o melhor para sermos “PAIS MAUS”, como a minha mãe foi. EU ACHO QUE ESTE É UM DOS MALES DO MUNDO DE HOJE: NÃO HÁ SUFICIENTES MÃES MÁS!

terça-feira, 21 de junho de 2011

Classes multisseriadas na Zona Urbana.



        Quais as conseqüências de manter um filho numa escola que as turmas são multiseriadas, ou seja, trabalham com alunos de idades e níveis educacionais diferentes?
       Escolas assim existem para proporcionar a população que moram na Zona Rural o acesso à educação. Nessas áreas o baixo número de alunos torna inviável a abertura de turmas com séries especificas.
        Na sua pesquisa de doutorado Márcio Azevedo, explica que as primeiras evidências de escolas brasileiras com essa organização são do período imperial. “A Instrução Elementar orientava que as escolas aplicassem o método mútuo ou ensino por meio da monitoria, cujo modelo foi exportado da Inglaterra”,
       Porém, baseada em algumas experiências e leituras posso afirmar que escolas particulares da Zona Urbana e no séc. XXI adotam essa mesma organização. Isso acontece pelo seguinte motivo, as escolas não formam turmas especificas, então, acabam agrupando alunos de séries diferentes.
      Penso que, quando colocamos nossos filhos em escolas particulares é para fugir de um sistema educacional que não funciona. Como já citei em outros textos, existem escolas comprometidas com a educação, mas infelizmente, muitas ainda, por serem de pequeno porte ou sem comprometimento com a educação acabam utilizando salas multisseriadas.Para mim esse tipo de organização traz problemas tanto para o educador quanto para o educando.Por quê?
        Márcio Azevedo diz: “Evidentemente que as práticas pedagógicas numa turma multisseriada não podem ser concebidas, planejadas, executadas e avaliadas da mesma forma como se faz numa sala seriada, mas é isso que ainda ocorre, na maioria das vezes”, acredita o professor. Em sua opinião, isso gera sobrecarga no trabalho docente e no processo de ensino-aprendizagem.
        Creio ser impossível fazer um bom trabalho com crianças de níveis de aprendizagem diferentes numa mesma sala.
Abaixo relatarei uma observação feita por mim em sala de aula que a educadora ensinava uma turma de 3º e 4º ano.

"A educadora solicita para os alunos do 3º ano abrirem os livros didáticos e pede que os alunos do 4º ano fiquem quietos, enquanto, os alunos do 3º ano abrem os livros as crianças do 4º ano ficam impacientes, começam a conversar uns com os outros.Enquanto isso,os alunos do 3º ano se desconcentram porque não conseguem se concentrar com o barulho dos alunos do 4º ano.Em seguida, a educadora escreve na lousa a atividade para os alunos do 3º ano. Durante todo esse tempo os alunos do 4º ano conversam o tempo inteiro. Após o término com o 3º ano, ela solicita  que os alunos do 4º ano abram o livro para correção da atividade. A educadora começa a corrigir a atividade em voz alta com a turma do 4º ano. Assim,começa o incômodo da turma do 3º ano que estava copiando a atividade na lousa...
Perceberam?
       Nessa turma não há: metodologias especificas, um plano de ação adequado, atenção individualizada ao aluno e concentração. É quase impossível fazer um bom trabalho sem os itens citados acima..O que se ganha é um educador exausto e sem resultados, alunos dispersos e sem aprendizado.
Pergunto: Será que houve algum aprendizado em ambas as turmas?O que você consegue perceber nessa situação acima?Fica a reflexão.
Pais, ao colocar os seus filhos nas escolas não aceitem esse tipo de situação. Se pudemos exigir algo melhor por que nos conformamos com situações como essa?cada atitude nossa mudará a educação brasileira.O processo é lento.Mas com bons resultados.



Crianças X Sensibilidade

Ser Criança

"Ser criança é acreditar que tudo é possível.
É ser inesquecivelmente feliz com muito pouco
É se tornar gigante diante de gigantescos pequenos obstáculos
Ser criança é fazer amigos antes mesmo de saber o nome deles.
É conseguir perdoar muito mais fácil do que brigar.
Ser criança é ter o dia mais feliz da vida, todos os dias.
Ser criança é o que a gente nunca deveria deixar de ser."
“Gilberto dos Reis”



      A poesia sobre o que é ser criança perde o sentido quando nós pais, tiramos dos nossos filhos a oportunidade de atingirem todos esses conceitos acima. Muitas vezes tratamos as nossas crianças como adultas esquecendo-nos que elas precisam viver cada fase da sua vida. E, nós pais, somos responsáveis por elas.
       O que estamos proporcionando as nossas crianças no seu dia-a dia? Quais os princípios que passamos para elas? Quais as expectativas?Qual o meio que estão inseridas?O que vêm?O que escutam?Até que ponto fazemos parte da vida delas?Todas essas perguntas devem ser feitas por nós pais. Ao analisar a cada pergunta, teremos respostas e poderemos ver onde estamos errando ou acertando, o que deve ser mudado, ou não.
      Atualmente, vivemos numa era em que pais e mães precisam se ausentar para trabalhar, estudar. Então, acaba doando pouco tempo para os filhos. Muitas vezes os vemos na hora de dormir ou muitas ou em outros casos apenas finais de semana.Porém, acredito ser completamente possível estarmos atentos ao seu dia-dia, afinal, estamos na era da tecnologia.Porém apesar de querer falar um pouco sobre essa ausência vou falar um pouco da vilã da nossa casa a TV.
      A televisão é na grande maioria a diversão de todas as crianças que ficam em casa. Deixamos nossos filhos presenciarem programas completamente violentos em que podemos ver corpos estirados,detalhes do que acontece nos crimes,”baixarias” entre outras coisas que ferem a sensibilidade das nossas crianças.
      Quando assistimos e deixamos os nossos filhos assistirem esses programas (que se dizem ser jornais) estamos tirando parte da sensibilidade de uma deles. Imaginem uma pessoa que trabalha todos os dias num necrotério, essa pessoa acaba completamente adaptada e alheia a corpos porque ver todos os dias e faz parte do seu trabalho.
      É assim, que acontecerá com as nossas crianças. Elas estarão tão habituadas a verem tragédias, escândalos, ou seja, todos os absurdos que assistimos que perderão a sensibilidade diante de certas situações que envolvam qualquer tragédia humana. Pra elas não passaram de algo comum.
      Quais são as conseqüências disso? Bom, se não temos sensibilidade diante de certas situações corremos o risco de banalizar ocorrências que exijam de nós atitudes humanas. Dessa forma vamos criando crianças insensíveis e alheias a tudo que está ao seu redor.
      Temos um grande habito de dizer: ”Ele não ver em casa, mas vêem na rua”. Não acredito nisso. Uma criança que é educada sabendo o que faz mal e tendo o exemplo dos pais mesmo fazendo parte do meio ela atuará de acordo com o que lhe foi ensinado.
      Conheço uma família que na hora do almoço desliga a TV e ouvem músicas explicando para os filhos que não é saudável assistir determinados tipos de “jornais” e que não precisam ver corpos estirados e ensangüentados para saberem o que se passa na nossa sociedade.
       Vamos nos atentar. Aqueles pais que não têm controle (porque trabalham)do que seus filhos vêem principalmente no horário desse jornais apelativos peçam exijam das pessoas que ficam com elas para que procurem outras coisas que elas possam ver.Expliquem para as pessoas o que determinados tipo de programas causam nas crianças e nos próprios adultos.Será que precisamos compartilhar com nosso filhos esses atos?será que não podemos oferecer pra eles um pouco de alegria.Não precisamos mentir informações importantes deles,mas podemos fazer isso de forma menos chocante.
       Alguém poderá pensar:Mas meus filhos ficam só em casa não posso controlar o que vêem.Então eu afirmo,se eles não têm hábitos de verem tais programas na ausência de vocês, com certeza, eles não colocaram o televisor para ver determinadas misérias humanos na ausência de vocês.Crianças gostam de alegria,diversão,música,brincadeiras.Nós é que habituamos eles a viverem com atitudes adultas.

segunda-feira, 13 de junho de 2011

Letra Cursiva ou Bastão?

        Certo dia, uma amiga, disse para mim que a alfabetização do filho dela estava sendo uma droga. Perguntei pra ela: Por que você se referia assim ao aprendizado do seu filho?
        Ela respondeu: “Ele não escreve com letra normal (ela quis fazer referência letra cursiva ) ele só usa letras de forma e a professora não reclama.”                     

           Pais,
           Esse é um grande questionamento dos pais quando seus filhos estão em processo de aquisição da leitura e escrita. Baseada, na minha experiência de ex-educadora de alfabetização e fundamentada em alguns teóricos, posso dizer para as mães que, é perfeitamente normal trabalhar primeiro com as letras em caixa alta,ou seja,bastão.
          A maioria das crianças, principalmente, aquelas que não tiveram uma preparação da sua coordenação motora pode encontrar sérias dificuldades para escrever primeiro, com a letra cursiva.
         Pais, é na alfabetização que nossas crianças começam o processo de aperfeiçoar seus rabiscos e formar as letras.Elas ainda estãe desenvolvendo sua coordenação motora. É muito mais fácil para ela, principalmente, porque as letras são individuais e podem ser escritas uma por vez e o traço dessas letras parecem pauzinhos, ou seja, linhas verticais, horizontais e inclinadas. Enquanto, a letra cursiva requer mais preparação motora e uma maior rapidez (agilidade)na hora de fazê-las.
         Sabrina Vilarinho Graduada em Letras afrima que: “O traçado simples das letras de fôrma dão maior liberdade no ato da escrita, ao contrário das “letras de mão” que precisam de uma organização maior. O ato de ligar uma letra a outra também dificulta o processo, pois anula a ação de tirar o lápis do papel e investir as forças na próxima letra, o que ordena um esforço motor maior.”
        Então, pais tenham paciência os seus filhos, eles irão aprender a letra cursiva no momento certo, quando suas habilidades motoras estiverem “maduras”. Cagliari (1999, p. 104) afirma que [...] é essencial que os alunos aprendam (e pratiquem) primeiro a escrita e ponham-se a escrever como eles acham que deve ser.
        Ainda de acordo com Tafner e Fischer (2001, p.19),O mundo está escrito em letras de forma. O mesmo mundo onde a criança vive cresce e aprende. Não espere dela um desenvolvimento pleno em cursivas quando tudo o que ela lê em torno dela é escrito com letras de forma. As letras de forma são naturais para ela, pois fazem parte do seu mundo.
         A coordenação motora fina do seu filho pode ser trabalhada em casa.
        No site Terapeuta Ocupacional Infantil especiaIista Integração Sensorial, MétodoTeacch e Conceito Neuroevolutivo Bobath Infantil encontrei dicas para trabalhar a coordenação motora fina. Verifiquem no site: http://johannaterapeutaocupacional.blogspot.com/search/label/Exerc%C3%ADcios%20de%20coordena%C3%A7%C3%A3o%20motora%20fina
        Porém não posso deixar de dizer que existem educadores que preferem começar pela letra cursiva porque segundo eles será complicado em meios a tantos afazares será complicado essa transição de uma letra para outra..Cada escola acredita em uma metodologia,então para evitar problemas futuros antes de matricular o seu filho(a) procurem saber como a escola trabalha e o porquê.